quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Diz que é uma espécie de mellée


Sábado, 10 de Janeiro de 2009, Jamor - Belenenses x Cascais - Campeonato Superbock.
Depois de um pontapé de recomeço em que a bola não percorreu os dez metros que a regra exige, formou-se uma espécie de mellée ao centro do campo.

Uma mellée verdadeira é mais baixa, ver a linha vermelha.

Numa mellée verdadeira as costas do pilar não devem formar um arco, devem estar direitas.

Numa mellée verdadeira o pilar não deve fazer um ângulo recto.

Nota final - Esqueçam as cores das camisolas, infelizmente podemos ver espécies de mellées em muitos outros jogos entre outras equipas. Calma nos comentários.

10 comentários:

Anónimo disse...

(retirado do site da FPR)

RUGBY, UM JOGO PARA GENTE BEM-EDUCADA

Nós, gente do rugby, gostamos, mostrando o diferente que nos sentimos, de publicitar a definição do jogo no conceito "um jogo de rufias jogado por gente bem-educada" - já não por cavalheiros porque, como também sabemos, os homens não são únicos na modalidade.

E há toda uma profunda razão para o definirmos assim. Desde sempre o jogo de rugby tem uma ética própria subordinada a um conjunto de valores que se estabelecem no seu "Código do Jogo". De facto, existe toda uma maneira de estar que se pretende diferente e tradutora de uma cultura distinta em que o respeito, o "fair-play", o espírito colectivo de equipa, o companheirismo, a abnegação, a boa educação constituem algumas das componente de valores e atitudes que formatam a envolvente do jogo.

E assim sendo, é natural que possamos utilizar, com orgulho, a marca da diferença - um amigo meu, médico e frequentador internacional de estádios de futebol, viu, pela primeira vez, um jogo de rugby no França-All Blacks do centenário da FFR: não julgava possível, dizia, a confraternização permanente entre os espectadores adversários que o rodeavam. Espantado, tornou-se adepto.

Mas se pretendemos sê-lo, devemos, no mínimo, parecê-lo. E o que se passa à volta dos nossos campos em dia de jogo não pertence a este mundo edílico que pretendemos transmitir aos de fora. Espectadores, antigos jogadores na sua maioria, insultam árbitros e adversários, chamam nomes a quem bem querem e comportam-se como rufiotes numa constante demonstração arruaceira, deixando - para inglês ver - a proclamação da pretendida boa educação.

O jogo de rugby não é fácil de gerir. Os árbitros, como os jogadores, têm dificuldades na análise da sequência pela rapidez da acção e pelo número de intervenientes. Mas próximos e se pertencentes ao mesmo patamar, vêem melhor e analisam quase sempre melhor. E, na grande maioria dos casos, tomam a decisão correcta e são os espectadores que, ignorantes da Lei, protestam violentamente, impondo a emoção à razão, pressionando para que a sua cor, apesar de faltosa, deixe de ser "roubada!".

Nada deste comportamento se justifica ou ajuda o rugby português no seu desenvolvimento e progressão. Pelo contrário: desfocaliza jogadores, pressiona treinadores e árbitros de forma desadequada, retira lucidez aos intervenientes e transforma o jogo num espectáculo nada dignificante e que só diminui o campo de influência da modalidade.

Precisamos de melhorar todos os dias o rugby que se joga em Portugal. Para o que necessitamos de melhores treinadores, melhores jogadores, melhores árbitros, melhores dirigentes. Numa vontade que dispensa claramente os piores exemplos da Blood, Sweat and Beers de antanho.

E se, em vez deste comportamento trauliteiro e para começar o novo ano, fizéssemos um esforço para aprender as Leis do Jogo e a sua aplicação prática? Um esforço para que os treinadores fossem exigentes com os seus jogadores, educando-os de acordo com as Leis do Jogo; um esforço dos dirigentes para imporem o rigor das Leis do Jogo nas equipas dos seus clubes e decente comportamento aos seus adeptos; um esforço dos espectadores para que se comportassem como gente bem-educada. E se não há, como também sabemos, jogos sem árbitros e para um futuro com tudo a correr pelo melhor, porque não tentar uma parceria: criar o hábito de convidar os árbitros para se treinarem semanalmente com os diversos clubes.

Talvez assim pudéssemos fazer compreender a marca da nossa diferença: no Rugby, a vitória, sendo importante, não é o mais importante; o mais importante é poder pertencer a uma comunidade muito especial - a comunidade rugbística.

Lisboa, 1 de Janeiro de 2009

João Paulo Bessa

Anónimo disse...

a posiçao dos 8 tb não é a mais correcta...

Anónimo disse...

Mais importante que o 8 são os pilares . A formação ordenada é muito importante . Bem visto pelo autor .

Anónimo disse...

excelente ilustração, da maneira de como em portugal se forma mal na melle, por isso o trabalho do Sr. Murray é mto importante! para já beneficiam todos os q estão no centro de treino, e os clubes se quiserem, já que ele tb tá disponivel para se deslocar aos mesmos.

mais uma vez, bom trabalho!

cumprimentos

Anónimo disse...

é de pensar que o bryce o ano passado dispensou alguns pilares que o belem tinha . agora é isto.joão sousa

Anónimo disse...

pena nao ficar no dramatico para o cascais vs Técnico sub-20 às 15h00 , também na guia...escusava de ir a lisboa e voltar.

Anónimo disse...

Um bom DUPLO trabalho Miguel, saber tirar fotos, e saber usar a tecnologia para informar.

Mas acima de tudo, OBRIGADO por saber e querer PARTILHAR a INFORMAÇÃO, para que todos possam crescer e fazer com que o rugby em PORTUGAL prospere.

BEM HAJA
A**

M Carmo disse...

"pena nao ficar no dramatico para o cascais vs Técnico sub-20 às 15h00 , também na guia...escusava de ir a lisboa e voltar."

Pois é, mas um Belenenses x Agronomia promete ser um bom jogo. Os sub 20 ficam para outro dia:(((

Abraço

Miguel Carmo

Tomás Jonet disse...

Vais por a hiperligaçao para todas as fotografias do cascais agronomia sub 16?

Anónimo disse...

Ó João Sousa, que pilares "dispensou" o Bryce? Onde estão a jogar (a jogar mesmo, não é a servir de saco para os que efectivamente jogam)?

Sobre a foto, de facto é reveladora de insuficiências nas nossas mêlées, mas trata-se de um instantaneo, que por vezes mente, ou dá uma impressão que não corresponde à realidade.